Celebra-se a Festa da Divina Misericórdia no 2º Domingo da Páscoa. Trata-se de uma devoção religiosa católica de origem polonesa e cuja divulgação se deve a Santa Faustina Kowalska, que é considerada uma das grandes místicas da Igreja Católica. Em seu Diário, a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao Mundo a Sua Misericórdia. O processo de beatificação desta religiosa se iniciou por iniciativa do, então, Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Karol Wojtila e, posteriormente, foi canonizada pelo mesmo, como Papa João Paulo II. A primeira imagem (quadro) de Jesus Misericordioso foi mandada pintar por Santa Faustina (1934).
A misericórdia é o centro do Evangelho
“A misericórdia é em realidade o núcleo central da mensagem do Evangelho, é o nome mesmo de Deus, o rosto com o qual Ele se revelou na antiga Aliança e plenamente em Jesus Cristo, encarnação do Amor criador e redentor. Este amor de misericórdia ilumina também o rosto da Igreja e se manifesta através dos Sacramentos, em particular no da Reconciliação, através das obras de caridade, comunitárias e individuais. Da misericórdia divina, que pacifica os corações, emana a autêntica paz no mundo, a paz entre os povos, culturas e religiões diferentes. A Maria Santíssima, Mãe da Misericórdia, confiamos a grande causa da paz no mundo, para que a misericórdia de Deus cumpra o que é impossível para a força humana e encha os corações do valor do diálogo e da reconciliação”. Papa Bento XVI
Misericórdia: única esperança para o mundo
No dia 23 de maio de 2005, o Papa João Paulo II instituiu a festa da Divina Misericórdia. Escreveu também carta encíclica sobre o tema. Ele faleceu no dia 2 de abril de 2005, vigília do 2º Domingo de Páscoa, que é o Domingo da Divina Misericórdia, a festa que ele mesmo instituiu cinco anos antes, para que o mundo compreendesse melhor a grandeza do perdão de Deus. Ele afirmava que “a Misericórdia é a única esperança para o mundo”.
Nosso mundo experimenta mais que nunca a necessidade de misericórdia e de bondade. Na parábola do “pai misericordioso”, o pai acolheu o filho arrependido e explica ao filho mais moço: “Era preciso que fizéssemos festa e nos alegrássemos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado” (Lc 15, 32). Assim Deus age conosco. A humanidade está muito influenciada pela eficácia técnica. Superar a dureza de coração e a crueldade da razão pela misericórdia é uma das tarefas dos discípulos de Jesus. Ele mesmo nos promete (Mt 5, 7): “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia".